Segundo fontes governamentais, a revisão detalhada dos cadastros de programas sociais, uma prioridade na agenda de controle de gastos, poderá resultar em uma economia aproximada de vinte bilhões de reais até 2025. Membros do governo mencionam, em discussões internas, uma possibilidade otimista de economia que pode alcançar até trinta bilhões de reais. O objetivo principal é realizar uma análise minuciosa de todos os benefícios, garantindo que apenas aqueles com direito recebam os recursos, eliminando pagamentos indevidos.
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A equipe econômica está monitorando de perto os gastos com benefícios como seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos ou pessoas com deficiência em condição de extrema pobreza. Especificamente, o BPC tem sido motivo de preocupação entre os técnicos, pois as despesas aumentaram 17,6% ajustado pela inflação no primeiro quadrimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.
No último ano, o Grupo de Trabalho do INSS foi estabelecido com o objetivo de reduzir os custos relacionados ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esse grupo está concentrado em duas estratégias principais: a revisão periódica, conforme estipulado pela legislação, que visa reexaminar as condições que justificam a concessão do benefício aos beneficiários, e ajustes no processo de cobrança para torná-lo mais eficiente em casos de pagamentos indevidos. No entanto, a gestão, a regulamentação e a elaboração do orçamento para esse benefício são responsabilidades do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
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O governo está atualmente concentrado na revisão dos cadastros do programa Bolsa Família, que é uma das principais políticas em destaque. Segundo o ministro do MDS, Wellington Dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu permissão para o Ministério continuar os esforços na fiscalização e detecção de fraudes entre os beneficiários do programa social.
No dia 19, o presidente Lula se encontrou com ministros da equipe econômica para discutir o reforço dos mecanismos de fiscalização e combate à fraude em benefícios. Participaram do encontro, além de Haddad e Dias, os ministros do Planejamento Simone Tebet, da Gestão Esther Dweck, da Previdência Carlos Lupi, e o Secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti.